quarta-feira, novembro 16, 2011

~ Viajante sem asas.


Penas, são tão leves e fáceis de voar,
Tão complexas em sua formação,
E tão fortes para aqueles que desejam sair do chão.
Minhas penas são quem eu sou,
Desde o meu nascimento até quem me tornei,
Elas são fortes pra quem precisa de apoio e frágeis, para os quais não são capazes de sonhar.
Quando menina, vi minhas penas voarem e se dispersarem,
Saíram de mim tão facilmente,
Sem nenhuma força para as segurar.
Sem conteúdo, sem lembranças,
Caminho sem sonhos, frágil, oco.
Minhas penas são quem fui,
Foram a minha infância e as escaladas,
O corpo que as perdeu é quem sou,
Incapaz de querer, de lutar ou perder,
Minhas penas são asas de outras pessoas,
Fortes e frágeis, pequenas e sem complexidades.

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