sexta-feira, julho 23, 2010

~ Onde tudo começa, também se recomeça.


Não havia muito tempo que eu tinha acordado, calcei meus sapatos e desci para tomar café. Na cozinha, minha mãe já estava a mesa me esperando para comer.

- Bom dia mãe.
- Bom dia querida.

Me sentei a mesa para preparar meu sanduíche, quando encontrei o olhar da minha mãe a percebi um tanto tensa...

- O que aconteceu mãe? A senhora está quieta.
- Filha, eu cometi erros enormes com você.
- Tudo bem, eu sei que a senhora quer meu melhor.
- Não filha, deixe-me mostrar algo a você.

Ela levantou-se e se dirigiu a velha estante de livros, por trás dos livros empoeirados havia um livro diferente, sua capa era marrom escuro e estava com um laço vermelho a envolvê-lo. Na sua capa estava escrito: Para meu grande amor! Minha mãe me entregou o livro...

- Abra filha, espero que me desculpe. - Dizia ela aos prantos.

Quando abri o livro que ela havia me dado, percebi que era um álbum de fotografias, mas fiquei assustada ao perceber que as fotos eram minhas com Danilo, como ela teria conseguido aquelas fotos? Passei a primeira página e vi que uma carta havia caído de dentro do álbum, tinha meu nome escrito no envelope que a envolvia e logo abaixo dizia " Leia apenas quando terminar de ver o álbum.", mas a curiosidade foi tanta que abri mesmo sem tê-lo terminado...

" Carla, meu amor,

Espero que esteja lendo essa carta agora, se estiver significa que sua mãe lhe entregou independente de tudo que aconteceu, confesso que deu bastante trabalho para confeccioná-lo mas foi com todo meu amor que o fiz. Gostaria que soubesse que cada foto aqui presente, retrata nossos momentos juntos, os melhores dias da minha vida, desde a primeira foto, no pedalinho de cisne (aquele que você me molhou todo - risos), até a última foto daquela árvore com nossas iniciais (onde sempre nos encontrávamos), eu não posso reclamar de nada, você me fez ressurgir, amar e sonhar. Mais, a foto que me deixa emocionado toda vez que a vejo é a que você tirou naquela manhã que você era minha, só minha, naquela manhã linda. Essa manhã me causou a maior alegria de todas, quando pude ver seu sorriso após dizer que me amava. Não posso saber como você está agora, e acredite que isso está me corroendo por dentro, mas gostaria que soubesse que eu te amo e levo você em meu coração eternamente.

Beijos, Danilo."

Quando terminei de ler a carta, minha mãe estava diante de mim esperando uma resposta ou talvez uma pergunta qualquer...

- O que isso significa mãe? - Perguntei assustada.
- Querida, eu achei que ele não servia para você, mas depois que entendi o quanto ele te amava, o quanto ele te protegia de tudo...
- Me amava? O que aconteceu mãe? - Continuei a perguntar assustada.
- Mas quando percebi isso já era tarde demais, eu o mandei esquecê-la e que fosse embora de sua vida para sempre. - Respondeu-me ela chorando.
- O que? - Perguntei desesperada dessa vez, deixando que a carta caísse de minhas mãos.
- Mas, posso tentar concertar tudo isso, ele viaja daqui a duas horas. Enquanto você lia a carta arrumei sua mala, se seu desejo for ficar com ele, levo você ao aeroporto.

Sem responder uma palavra se quer a minha mãe, corri em direção ao meu quarto e logo olhei embaixo da cama, e lá estavam elas as minhas malas, e em cima delas havia uma passagem de avião. Quase que por instinto peguei tudo e encontrei minha mãe dentro do carro, mas de repente me lembrei de uma coisa que havia esquecido, abri a porta e saltei do carro em disparada para dentro de casa e peguei em cima da mesa da cozinha o álbum e a carta que no chão estava caída. Ao perceber que tinha tudo o que precisava a mão voltei ao carro com uma pergunta sempre em mente, daria tempo de encontrá-lo?

Já fazia uma hora que estavamos presas no trânsito, e isso me deixava cada vez mais desesperada por saber que iria perder a pessoa que eu amava...

- Filha, estamos a meio quarteirão do aeroporto, vá eu chegarei logo lá.

Ouvindo a ordem da minha mãe, peguei o álbum e a carta, colocando-os embaixo do braço e saltei do carro para correr o caminho restante até o aeroporto. A calçada estava cheia, as pessoas reclamando da minha passagem rápida, tropecei e caí várias vezes, mas encontrei forças para levantar e continuar a correr, e lá estava o aeroporto. Quando consegui entrar no aeroporto olhei diretamente para o painel de horários e procurando quase que desenfreadamente achei o horário do vôo do Danilo, que estava para partir em vinte e cinco minutos, comecei a correr novamente em direção ao portão de embarque, esbarrando em todos que estavam a minha frente, atropelando aqueles que não queriam sair da minha frente, e quando finalmente cheguei ao portão de embarque procurei desesperada pelo olhar dele, procurei, procurei... Mas não encontrei. Meu desespero transformou-se em lágrimas, que desciam sem sessar pelo meu rosto vermelho e cançado, fui em direção as cadeiras de espera e lá me setei chorando e soluçando.

- Carla, Carla! Por que está aqui filha? - Perguntou-me minha mãe preocupada.
- Não o encontrei mãe, não deu tempo. - Respondi aos soluços.
- Me desculpe filha, é culpa minha. - Respondia minha mãe.
- Já não tem mais jeito mãe, esquece isso. - Respondi chorando.
- Senhora, algo errado? - Perguntou uma voz masculina, talvez um guarda.
- Carla, olhe para mim. - Disse minha mãe - Carla, estou falando com você.

Olhei para minnha mãe enfurecida por ela não me deixar nem sofrer, ela, no entanto apontou para minha frente, virei meu rosto e não acreditei...

- Você acha que eu iria a algúm lugar sem você? - Perguntava um rapaz na minha frente.
- Danilo, achei que você tinha partido. - Respondi pulando em seu pescoço para abracá-lo.
- Meu amor, eu quase fui embora mesmo, quase... - Disse-me ele beijando meu pescoço - Mas sua mãe me ligou e eu não conseguir embarcar, não sem você.
- Mãe, obrigada. - Eu a abracei chorando.
- Eu amo você minha filha, não deixaria ele ir sabendo que você ficaria infeliz, espero ter concertado pelo menos uma parte do meu erro. Espero vocês no carro. - Dizia minha mãe sentindo-se culpada.
- Dona Joana, eu quero levá-la a um lugar. - Disse Danilo a minha mãe.
- Está certo então, até mais tarde. - Despediu-se minha mãe.
- Para onde vamos? - Perguntei ao Danilo
- Você verá. - Respondeu ele.

Pegamos um táxi na frente do aeroporto, mas eu estava tão desligada do mundo, olhando apenas para ele, sem ainda acreditar em tudo que havia acontecido que não prestei atenção para onde ele havia mandado o motorista seguir. Quando dei por mim, estavamos no portão principal do Parque da cidade, então e nos dirigimos a um lugar bastante conhecido por mim e por ele.

- Onde tudo começa, também recomeça. - Disse-me ele puxando-me contra seu peito.
- Eu amo você. - Foram as únicas palavras que fui capaz de dizer.

Sem responder ele me beijou, me fazendo perceber que seu sentimento era o mesmo que o meu.

- Eu jamair deixarei você de novo. - Foram as últimas palavras de Danilo antes de me beijar de novo.
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Boa tarde pessoinhas queridas do meu blog :)
Como vão todos vocês? Bem, prometo não me estender mais aqui porque o texto foi extremamente longo, mas eu o fiz hoje pela manhã quando estava trabalhando no cursinho, espero que tenham gostado, e por favor não me matem pelo tamanho dele kkkkkk...

Beijos :*

3 comentários:

  1. Ah meu Deus, que saudades daqui, eu sumi do blog e você continua a escrever coisas perfeitas, tá tudo tão lindo, ah eu mudei de blog qualquer coisa entra lá ok? : www.bellsgalvao.blogspot.com

    xoxo *-*

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  2. Ah, adorei o texto, muito legal. Eu achei que ela não ia conseguir achar Danilo, mas ainda bem que o final foi feliz :D
    Obrigado por passar em meu blog, beijos xx

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  3. Nossa q texto perfeito, lindo muito lindo quase chorei
    se der visita meu blog http://umagarotaperdida.blogspot.com/ seu blog é sensacional!

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